Bebês morrem e famílias apontam negligência de unidades de saúde

jailda_antonia_maria_da_conceicaoDois bebês morreram em unidades de saúde no interior de Pernambuco. Segundo as famílias, eles foram vítimas de negligência médica. Um caso aconteceu em Caruaru, no Agreste Central, quando Jailda Antônia Maria, de 29 anos, grávida de nove meses, foi levada à Casa de Saúde Bom Jesus na sexta-feira (15), mas o parto não foi feito.

“Examinaram ela, viram que estava tudo bem com o bebê, agora disseram assim: ‘Ela só está com um centímetro, não é pra agora não. Vocês vão ter que voltar’”, afirmou a irmã da paciente, Eliane Antônia da Silva. As dores permaneceram e a grávida voltou à maternidade no domingo (17), quando ficou constatado que o bebê não tinha batimentos cardíacos. Ela foi encaminhada para o Hospital Maternidade Jesus Nazareno, conhecido como Fusam, e a criança foi retirada. “Não tinha condição de ser parto normal. Tinha que ser cesárea”, reclamou Eliane. A mãe sobreviveu.

O outro caso aconteceu no Agreste Meridional. De Jucati, a gestante Daniele Silvestre foi levada ao Hospital Regional Dom Moura, em Garanhuns, mas não teria sido atendida. Depois, foi transferida para a Fusam [Caruaru], porém, o bebê havia morrido antes do procedimento cirúrgico, conforme denuncia a família. “O médico daqui viu ela tão ruim que colocou no lugar de outras pacientes, para ver se salvava a menina. (…) Era para ela ter tido [a criança] de nove horas [da manhã], mas chegou duas horas da tarde aqui”, detalhou Rosa Silvestre, mãe da paciente. “Não conseguiram salvar a minha filha por negligência médica”, acrescentou Daniele Silvestre.

daniele_silvestre_da_silvaRespostas das instituições
Os dois casos foram relatados por uma equipe de reportagem da TV Asa Branca nesta segunda-feira (18). Segundo a diretora Ida Guerra, da Casa de Saúde Bom Jesus, houve uma indicação para que a paciente de Caruaru fosse à Casa de Apoio a Gestantes, localizada nas imediações, onde há doulas para acompanhar o processo, mas ela teria recusado. “A minha obrigação, enquanto gestora, é levantar os fatos e fazer um relatório para a secretária [municipal], para que ela indique uma auditoria”, explicou. Segundo a família, ela foi à casa de apoio.

Já a assessoria de imprensa do Hospital Regional Dom Moura informou que a paciente de Jucati foi atendida na unidade, mas – até a exibição da reportagem – a administração aguardava a documentação dela para falar sobre o assunto.

Por G1

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