Com a decisão do Banco Central de elevar o juro básico (a taxa Selic) para 11,75% ao ano nesta quarta-feira (3), os fundos de renda fixa ganham da poupança na maioria dos cenários desenhados, considerando prazos de resgate e valores de taxas de administração distintos.
A estimativa é da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade).
Mesmo com a TR (Taxa Referencial) média, que compõe a remuneração da poupança, em 0,10 ponto percentual em dezembro, a caderneta perde para os fundos de renda fixa que têm taxa de administração até 1,5% ao ano e com prazo superior a seis meses e empata com os fundos se o resgate for feito em até seis meses.
A caderneta ganha dos fundos que têm taxa de administração de 2% ao ano quando o resgate for feito em até um ano. E se torna desvantajosa quando o prazo for superior a isso. Já nos fundos com taxa de administração de 2,5%, o rendimento da poupança é maior se o resgate for feito em até dois anos. Acima desse prazo, a caderneta empata em rendimento com os fundos.
Em relação aos fundos com taxa de administração superior a 3% ao ano, a caderneta ganha em todos os cenários desenhados pela Anefac.
Vale destacar que, ao longo de 2013, os fundos de renda fixa que têm em sua carteira títulos públicos prefixados -cuja taxa de retorno é definida no momento da compra- foram prejudicados pelo aumento do juro básico.
Muitos deles sofreram no ano passado com a chamada marcação a mercado, que atualiza diariamente o valor do título pela diferença entre a taxa de juro do momento e a de emissão do papel.
Neste ano, porém, os fundos de renda fixa se recuperaram. Em novembro, eles lideraram o ranking da Folha de S.Paulo de aplicações financeiras nos últimos 12 meses, com ganho de 9,53% após desconto de IR pela alíquota de 17,5% (vigente para resgate de 361 a 720 dias).
Por Ne10