Embora Sport, Náutico e Santa Cruz tenham criado departamentos de marketing e tentado investir neste setor nos últimos anos, ainda não têm dimensão do real poder de aproveitar a imagem do clube. Ou não conseguem usar essa paixão do torcedor.
Prova disso é que há muito mais seguidores em qualquer rede social do que sócios. Sem falar na presença pífia de torcedor na arquibancada na temporada. Mesmo o Santa Cruz, em ano dourado, ficou nos 30% de taxa de ocupação do estádio. Número semelhante do Sport, que faz grande campanha na Primeira Divisão. Enquanto que o Náutico ficou abaixo da casa dos 20%. Embora tivesse uma arena moderna à disposição.
Para diminuir esta baixa procura e tentar fidelizar o torcedor, os clubes poderiam começar uma política de vender carnês para o ano todo. Certamente teriam dificuldade no início. Mas a saída para melhorar o público é essa. Vide os campeonatos europeus.
Há ainda leque enorme de opções. Sempre deixado de lado. Como lojas itinerantes, visitas guiadas (ignoradas aqui por pura falta de visão estratégica), aumento de produtos licenciados. A Fan Fest de amanhã, na Ilha, já é uma boa opção.
Até mesmo jogos de pré-temporada não entram como prioridade. O Sport ainda não definiu seu adversário da Taça Ariano Suassuna, que lhe rendeu visibilidade e dinheiro em janeiro. Poderia até ampliá-la para um minitorneio. Este ano, o Santa enfrentou o Zalguiris, da Lituânia. Agora na Série A, poderia fazer amistoso festivo. Mas nem sentou para planejar, embora tenha vontade de repetir. Já o Náutico está parado pelas eleições. Sobram ideias… e desculpas.
Por NE10
