Marlison Danilo Lima dos Santos ainda se lembra de tudo. Na manhã da última quarta-feira (29), quando surfava com amigos numa área conhecida como Buraco da Velha, na praia do Pina, na Zona Sul do Recife, ele foi atacado por um tubarão. O animal mordeu a sua perna direita. Ele diz o que passou pela cabeça quando percebeu que tinha sido atacado por um tubarão. “Que ia morrer. A minha sorte foi que vinha uma onda de dentro, eu remei e acho que era um tubarão pequeno e ele se assustou.
A onda me trouxe para a areia e os meus amigos me ajudaram a sair da água. Eu não cheguei a vê-lo, só senti a mordida. Parece um choque bem forte. Como era área de risco, sabia logo que era um tubarão”, conta.
O jovem explica porque resolveu surfar naquela praia, mesmo sabendo que a prática de surfe estava proibida no local por conta dos riscos de ataque de tubarão. “Já sabia, mas tinha gente que já surfa ali [no Buraco da Velha, na praia do Pina] há 15, 20 anos. Os pescadores avisavam, mas a vontade de surfar é grande e eu em arriscava. E não surfava apenas eu, surfava os amigos todos”, diz.
Marlison Danilo garante, porém, que não voltará a surfar em área proibida. “Agora, só em área em que puder surfar. Acho que nem banho eu quero tomar ali [no Buraco da Velha, na praia do Pina] mais”, conta.
A madrinha dele, Vilma do Nascimento, diz que viveu momentos de apreensão com o que aconteceu com o afilhado. “Eu pensei que o bicho tinha comido a perna dele ou ele ia perder a vida, mas, graças a Deus, não aconteceu”, afirma.
A médica Marcela Gomes, que é cirurgiã vascular do Hospital da Restauração, explica como está sendo a evolução do paciente: “No momento, não há nenhuma indicação de perda de membro nem de procedimento cirúrgico de amputação desse membro. A lesão que houve, felizmente, não comprometeu grandes vasos e preservou a vascularização, que é essencial para a viabilidade do membro”.
Por pe360graus
