Alimentação pode ser uma das causas da Microcefalia em bebês

Microcefalia

O Diário Oficial da União publicou nesta quinta-feira (12) a portaria que declara estado de emergência nacional por causa da explosão do número de casos de microcefalia em Pernambuco.

A microcefalia é uma má formação congênita, em que o cérebro do bebê não se desenvolve da maneira adequada. De agosto para cá, são 141 casos só em Pernambuco, 15 vezes mais que os nove casos, em média, nos últimos quatro anos.

Cinco famílias começaram o dia no ambulatório de um dos dois hospitais de referência em Pernambuco no acompanhamento de bebês com microcefalia. Mães, pais e avós estão sem muita noção do que houve e muito menos do que têm pela frente.

Algumas mães descobriram a microcefalia durante o pré-natal. Na ultrassonografia, é possível medir o tamanho da cabecinha do bebê. Outras só ficaram sabendo depois do parto.

O normal é que, logo depois do nascimento, a cabeça da criança tenha mais de 33 cm. No caso da microcefalia, os bebês nascem com cabeça menor. O cérebro da criança com microcefalia é diferente do de um bebê normal. Ele é menor e tem variações na formação.

Em 90% dos casos de microcefalias, a criança tem um retardo no desenvolvimento neurológico, psíquico e motor. Tratamentos realizados desde os primeiros anos, como terapia ocupacional e fisioterapia, melhoram o desenvolvimento e a qualidade de vida. As famílias estão sendo orientadas a procurar a acompanhamento de neurologistas.

“Eles vão ter uma certa dificuldade de aprendizado, dificuldade de locomoção, de leitura, talvez tenham dificuldade de audição e de visão. Mas o grau que isso pode aparecer a gente ainda não sabe”, alerta a infectologista Regina Coeli.

Os médicos tentam cruzar informações passadas pelas mães, identificar o que há em comum entre elas. Colhem sangue, líquido da coluna e urina dos bebês para tentar chegar a pistas que possam levar ao motivo do aumento repentino do número de casos.

“Nossa investigação é bem ampla, o Ministério da Saúde está aqui, ajudando a gente nessa investigação epidemiológica. A gente está indo nos hospitais, na casa das mães que tiveram filhos com microcefalia, buscando uma possível causa ou possíveis causas para essa situação”, explica a secretária executiva da Vigilância em Saúde de Pernambuco, Luciana Albuquerque.

A má formação congênita no crânio do bebê pode ser efeito de uma série de fatores de diferentes, como uso de drogas, álcool ou substâncias nocivas durante a gestação ou ainda influência de agentes biológicos, como bactérias, vírus e radiação.

Causas

Microcefalia é o resultado de um crescimento anormal do cérebro que pode ocorrer no útero ou na infância. Microcefalia pode ser genética. Algumas outras causas são:

  • Malformações do sistema nervoso central
  • Diminuição do oxigênio para o cérebro fetal: algumas complicações na gravidez ou parto podem diminuir a oxigenação para o cérebro do bebê
  • Exposição a drogas, álcool e certos produtos químicos na gravidez
  • Desnutrição grave na gestação
  • Fenilcetonúria materna
  • Rubéola congênita na gravidez
  • Toxoplasmose congênita na gravidez
  • Infecção congênita por citomegalovírus.

Por G1/minhavida

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