Os consumidores estão habituados à subida de preços dos peixes com a proximidade da Semana Santa. Entretanto, neste ano, no Recife, além da subida do preço do bacalhau e da cavala, há outros tipos de peixes que estão sendo encontrados com dificuldade nos mercados.
Uma pesquisa no Mercado de São José, região central do Recife, feita pela equipe do NETV 2ª Edição, mostrou a diferença dos preços do quilo de peixes e crustáceos de um ano para o outro. O camarão cinza, que custava R$ 15, está por R$ 20 – e, em alguns lugares, por R$ 19. O salmão subiu de R$ 20 para R$ 22.
A diferença maior está no bacalhau, que variava de R$ 14,88 a R$ 39,88 e agora está entre R$ 21,50 e R$ 79. O preço do dourado e da corvina se manteve o mesmo. “O preço é normal. A gente espera todo ano ter um aumentozinho do preço”, avalia a vendedora Clívia Araújo.
Peixes considerados nobres, como a cavala, não estão sendo fáceis de encontrar. Em todo o Mercado de São José, só havia o produto em um boxe e por R$ 25 o quilo, R$ 5 mais caro que no ano passado. A reportagem não conseguiu encontrar cioba em nenhum dos boxes.
O vendedor Denilton Gomes explica que a falta de certos tipos peixes no Recife é porque os pescados do litoral estão sendo comercializados no Sul do país. “Tem vários peixes em falta, principalmente a cioba e a cavala. Estão sendo muito procurados, mas não tem mesmo”, afirma o vendedor.
Os supermercados já previam a dificuldade de abastecimento de peixes e crustáceos para a Semana Santa e investiram no estoque desde o mês passado. “A gente já tinha uma perspectiva de problema de abastecimento do mercado de peixes, por isso começamos a nos abastecer e reforçar o estoque desde março”, explica o gerente de supermercado Eliezer Viana.
Para não deixar faltar o principal ingrediente da época, tem consumidor antecipando as compras, como o aposentado Vilberto da Cunha. “Quando você começa a ouvir que vai subir e faltar, tem que adiantar para não ficar sem”, acredita.
Por G1
