Em meio à crise, governo de PE intensifica vistorias nos presídios

governoPara tentar conter a crise que toma conta do sistema penitenciário de Pernambuco, o governo vai intensificar as vistorias nos presídios do estado. Segundo o secretário de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico, os agentes penitenciários não “darão descanso aos detentos” e vão realizar vistorias constantes. A nova rotina começou na segunda-feira (2) no Complexo Prisional do Curado, localizado na Zona Oeste do Recife, onde ocorreram motins em todo o final de semana e foram encontradas dezenas de facas.

A Secretaria de Ressocialização (Seres) confirmou a manutenção das vistorias e informou que outra ação desse tipo será realizada nesta terça (3). Segundo o órgão, a vistoria pode ser realizada em qualquer unidade penitenciária do estado e não será necessariamente no Curado. A unidade que vai receber a ação, no entanto, não foi informada.

Procurado pela TV Globo, o comandante do Batalhão de Choque da Polícia Militar, coronel Walter Benjamim, informou que não havia nenhuma determinação de nova vistoria no complexo do Curado até as 8h. O Batalhão de Choque acompanha os agentes penitenciários durante as vistorias.

Curado
A vistoria desta segunda-feira (2) se estendeu durante todo o dia no Presídio Juiz Antônio Luiz Lins de Barros (Pjallb), um dos três integrantes do Complexo do Curado, localizado na Zona Oeste do Recife. De acordo com a Secretaria Executiva de Ressocialização (Seres), foram recolhidas 170 armas no presídio, sendo 35 facões industrializado, 17 foices artesanais, cinco foices industrializadas, 22 facões artesanais, 55 facas industrializadas, 28 facas artesanais e oito chuços (objeto artesanal pontiagudo, normalmente feito no interior dos presídios pelos próprios detentos). No final de semana, houve dois motins no Pjallb. As brigas deixaram um saldo de dois mortos e doze feridos.

Força Nacional
Ainda nesta segunda, o governador Paulo Câmara afirmou que, se for preciso, vai convocar a Força Nacional para intervir nos presídios pernambucanos. “Se for necessário, não vou ter problema nenhum em chamar [a Força Nacional]. Mas acredito que estamos tomando um conjunto de medidas necessárias, medidas de reorganização do sistema que vão destravar a questão de termos mais vagas. Hoje, um dos grandes problemas do sistema penitenciário de Pernambuco é a superlotação e, para enfrentar isso, não tem outro caminho senão a criação de vagas” afirmou o governador após o reinício das atividades da Assembleia Legislativa do Estado (Alepe). A declaração foi dada menos de uma semana depois de ele decretar estado de emergência no sistema prisional do estado.

Por G1

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