Empresários de Cabo Verde vêm comprar roupas em Santa Cruz do Capibaribe

caboverdeA nova rota internacional conectando o Recife à cidade de Praia, em Cabo Verde (África), iniciou ontem a operação. A “festa” de inauguração ficou por parte do trecho Recife/Praia. Mas a chegada do avião da capital cabo-verdiana trouxe mais novidades: uma comitiva de empresários do setor têxtil. Eles terão agenda econômica no Polo Têxtil de Santa Cruz do Capibaribe, nestas terça e quarta-feiras, para viabilizar a ampliação dos negócios entre Brasil e Cabo Verde, ainda tímidos.

Para se ter ideia, o país africano não tem produção têxtil. No ano passado, importou US$ 4,5 milhões. O Brasil forneceu apenas US$ 50 mil desse volume. Pernambuco, que estreou no ano passado as relações comerciais com o país, conseguiu US$ 22 mil em negócios. Segundo a gerente de comércio exterior da Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (AD Diper), Ivone Malaquias, a partir de julho, o estado vai promover missões empresariais setoriais nos dois fluxos para gerar negócios e tornar Pernambuco o mercado preferencial de Cabo Verde.

Ivone explica que os empresários cabo-verdianos que chegam nesta primeira comitiva comercializam moda praia, surf e street wear, moda íntima, roupas para ginástica, gestante, além de calçados masculino e feminino. “Na programação com os empresários, vamos priorizar empresas com produtos com qualidade mais elaborada, compatível com as exigências do mercado internacional. Afinal, Cabo Verde importa de países como Estados Unidos, França, Itália, Portugal e eventualmente, Brasil (São Paulo e Fortaleza)”, pontua.

cidade de praia 31O objetivo, segundo Ivone Malaquias, é que todos os empresários do Polo de Confecções do Agreste possam vender para Cabo Verde, “desde que tenham qualidade e preços competitivos com os países onde estão acostumados a comprar. Queremos movimentar isso. Preço de mercado internacional, com qualidade para exportação.” Ainda neste mês, empresários de Santa Cruz farão o caminho de volta para vender, avançar com as negociações e prospectar mercados.

A gerente de comércio exterior da AD Diper reforça a importância de os produtores agregarem a política exportadora à dinâmica de trabalho. “É um mercado crescente, já que o interno está problemático. E queremos articular outras áreas do segmento têxtil, como as empresas da Região Metropolitana do Recife, que atendem uma demanda de público A, até as demais áreas, com construção civil, móveis e decoração. É preciso que o empresariado perceba que a chegada de um novo voo abre o setor de turismo, mas também movimenta o setor de negócios.

Por DP

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