Gerdau troca de presidente após investigação de corrupção da Zelotes

Gerdau anunciou nesta quinta-feira (24) que André Gerdau Johannpeter, diretor-presidente do grupo siderúrgico, que teve o nome envolvido nas investigações de corrupção da Operação Zelotes da Polícia Federal, vai deixar o cargo.

Quem assume como novo diretor-presidente é Gustavo Werneck, atual diretor-executivo da operação Brasil da Gerdau.

A empresa informa que a partir de 1º de janeiro de 2018, não só André Gerdau, mas também os vice-presidentes-executivos Claudio Johannpeter e Guilherme Gerdau Johannpeter, outros dos atuais integrantes da família na liderança executiva das empresas, também deixarão suas posições. No entanto, todos eles permanecerão nos conselhos de administração dos quais já fazem parte.

André Gerdau foi indiciado pela Polícia Federal no ano passado por suspeita de pagar propina para obter julgamentos favoráveis no Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais), órgão ligado ao Ministério da Fazenda que julga recursos contra multas da Receita Federal e entrou no alvo das investigações de corrupção. A empresa sempre negou as acusações.

Deflagrada em março de 2015 para investigar um dos maiores esquemas de sonegação fiscal já descobertos no país, a Zelotes atingiu empresas como a Gerdau e bancos como Bradesco e Safra.

Antes de assumir os negócios da família, André foi medalhista olímpico de hipismo, na disputa por equipes nos Jogos de Atlanta-1996 e Sydney-2000, além de ter ganho o ouro no Pan de Winnipeg-1999. Na edição da Austrália, terminou em 4º lugar na competição individual.

A empresa nega que as mudanças anunciadas nesta quinta em sua gestão tenham qualquer relação com as investigações policiais. “Nossa decisão não está vinculada ao assunto da Operação Zelotes ou qualquer outra. É um processo de 12 meses que eu, Claudio e Guilherme discutimos com o conselho da empresa e com a família”, disse André.

Para ele, chegou a hora de “colocar o foco em questões mais estratégicas e não no dia a dia da operação”.

“Nosso papel vai ser muito mais na estratégia, como conselheiros. E muito apoio na executiva”, disse o empresário.Apesar do argumento de que a mudança foi planejada durante 12 meses, analistas de bancos a compararam com a sucessão anterior, feita há 11 anos, quando André Gerdau se tornou presidente, em um plano sucessório elaborado com consultoria e que durou cerca de três anos.

“Onze anos se passaram, eu me lembro que foi um processo mais longo, teve uma consultoria e a gente anunciou que haveria a mudança da governança muito antes. Os tempos mudaram e as coisas estão mais rápidas. A empresa está mais ágil e nós estamos fazendo um processo diferente, que ao nosso ver está bem conduzido e pensado. Ouvimos muito os conselheiros. No fim, chegamos à conclusão de que o Gustavo é a pessoa certa”, disse André. Com informações da Folhapress.

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