Muitos torcedores do Santa Cruz estranharam e outros tantos até se revoltaram com a decisão do técnico Milton Mendes em deixar os atacantes Arthur e Keno no banco de reservas no jogo com o Atlético Paranaense. Afinal, a dupla que joga como os antigos pontas, dando suporte tanto para a defesa quanto para o ataque, foi fundamental para as conquistas da Copa do Nordeste e do Pernambucano. Mas o nível de cansaço chegou a um limite que se eles forçassem muito corriam risco de lesão. Mesmo assim, o treinador evitou culpar o cansaço pelas duas derrotas seguidas – além do Furacão, perdeu para o Sport.
“Não vamos falar sobre isso. Claro que estamos numa sequência grande, mas estamos aqui em busca de soluções, não problemas. Não é porque perdemos que vamos usar isso”, pontuou Milton.
Ele admitiu que Keno e Arthur fizeram falta, principalmente no momento em que o Santa tinha a bola e buscava o ataque. Mas é justamente essa função a causa do desgaste. “Keno e Arthur são protagonistas porque fecham a defesa e saem para o contra-ataque. Eles estavam muito cansados. Conversamos e chegamos à conclusão de que seria melhor dar oportunidade a outros jogadores. Eles cumpriram o papel defensivo muito bem. Não fizeram o que pretendiamos ofensivamente”, reconheceu.
Como o intervalo até o próximo compromisso é de pouco mais de uma semana – joga com o Santos no próximo domingo, às 11h – ele resolveu dar um descanso maior. Os jogadores foram liberados por dois dias.
Por NE
