Pernambucana vive expectativa de perder guarda da filha nos EUA

katia_oksA pernambucana Karla Janine Albuquerque, 43 anos, vive a expectativa de ver a a sua filha, de 6, voltar à Flórida para morar com o pai, Patrick Joseph Galvin, que ela acusa de ter abusado sexualmente da menina. Na quarta-feira (2), está prevista uma audiência, no estado do Texas, que deve definir o futuro da brasileira. Em entrevista ao G1, Karla informou, entretanto, que já foi notificada pela Justiça americana sobre a perda da guarda da criança.

“Infelizmente, ontem recebi a confirmação que minha filha, Amy Katrin, será levada de volta a Flórida, logo depois da audiência que ocorrerá amanhã. Precisamos de socorro urgente. É a vida da minha filha, de apenas 6 anos de idade, que está sendo decidida e posta em risco”, comentou Karla.

Apesar da informação obtida por Karla, a assessoria de imprensa do Itamaraty – Ministério das Relações Exteriores – informou que ainda não houve nenhuma decisão sobre a guarda de Amy, de acordo com os correspondentes na cidade de Houston. Isso pode ocorrer amanhã, na audiência marcada para o meio da manhã no Texas (no início da tarde, no horário do Recife).

Na página criada no Facebook  para informar sobre o caso, Karla publicou nesta quarta que 
“Esta ordem [guarda da criança] foi assinada pelo juiz F. Shields McManus, de Stuart/Flórida, mesma cidade do pai biológico, Patrick Joseph Galvin, abusador/pedófilo convicto e registrado desde 1996”. Também na rede social, a família solicita a assinatura de uma petição online para ajudar a situação da brasileira.

De acordo com Karla Janine, ela precisa de dois advogados na Flórida para poder resolver a situação naquele estado, onde ela morava com a pai de Amy. Entretanto, a falta de recursos financeiros impede a defesa. “A advogada que me representou aqui no Texas foi paga com recursos próprios, através de amigos e doações”, informou. A Ordem dos Advogados do Brasil em Pernambuco (OAB-PE) ficou de encontrar um advogado criminal competente na Flórida, mas até a publicação desta reportagem a OAB não confirmou a contratação do profissional.

Entenda o caso
A pernambucana acusa o ex-marido norte-americano de ter cometido crime sexual contra a filha deles. No entanto, sem comunicar à Justiça, ela mudou-se da Flórida para o Texas com a filha, impedindo que o pai visitasse a garota, como havia determinado o Poder Judiciário. Por não cumprir a decisão, acabou detida em 16 de janeiro. Desde então, a menina está em um abrigo mantido por uma família cadastrada junto ao Department of Children and Families (DCF), espécie de conselho tutelar do País.

Como a pernambucana havia sido detida no Texas, mas a ordem de prisão foi expedida pela Corte da Flórida, as autoridades consulares decidiram solicitar à Justiça a transferência do processo-crime para o Texas. Ao analisar o pedido, o Juízo da Flórida limitou os efeitos da prisão, concedendo que ela respondesse em liberdade.

Segundo a Delegacia da Flórida, o pai da criança foi condenado por um crime em 1996, mas não chegou a ser preso – passou cinco anos em liberdade condicional e atualmente não cumpre nenhum tipo de pena, mas segue sendo investigado. Ele foi incluído na lista de “sexual ofender” por ter apresentado comportamentos inadequados, sem ter necessariamente consumado um estupro.

Por G1

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